quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Natal



Hoje vou me dar o direito de não criticar uma foto. Já vi umas coisinhas erradas nela, mas, o que vale agora é o espírito com que a cena foi criada e amor que eu sentia quando a foto foi tirada.
Feliz Natal para nós!
Gratidão pela vida que tenho, pela minha família, pelo meu espaço, externo e interno. Grata por estar feliz e saber disso!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Hoje não tem foto

Fui no Ceasa hoje cedo, buscar flores para enfeitar meu natal.
Sempre que vou lá volto maravilhada e com o bolso bem mais vazio. Adoro o colorido daquelas flores todas juntas, tão diferentes, tão únicas e cada uma mais bela do que a outra.
Fui com pressa, porque tenho um compromisso daqui a pouco.
Sabia o que queria e onde achar e, por isso, fui direto ao ponto.
Nos corredores, vi um senhora tirando fotos com celular. Ela tirava fotos na altura dos olhos. Na hora eu pensei: eu tiraria de cima para baixo, ou me abaixaria para ficar perto das flores, que ficam quase todas no chão.
Mas, corre, que o tempo urge!
Comprei e, no caminho para o carro, parei para ver um mar de flores numa banca. Estava tão lindo, mas tão lindo! Fiquei uns minutinhos ali, olhando, me deliciando. Tinha de tudo um pouco e de todas as cores possíveis. O vendedor achou que eu queria alguma coisa, se aproximou, perguntou, e eu só pude dizer: estou só olhando. Mas dessa vez eu estava olhando mesmo, não era enrolação para não comprar.
Se eu fosse muito doida, e tivesse muito dinheiro disponível, teria levado a banca, do jeito que estava, inteirinha para casa.
Corri para o carro, por que o tempo urgia.
Só quando cheguei em casa me dei conta que podia ter pedido para o rapaz deixar eu tirar uma foto e trazer para cá um pouco da sensação boa que eu senti lá.
Lição de hoje: a vida não pode ser feita com pressa. Há que se caminhar devagar, e deixar o coração aproveitar os momentos, com concentração, com atenção.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Sol nascente


Adoro ver o sol nascer. Talvez tanto quanto gosto de vê-lo se despedir. Minhas fotos mais especiais são de por-de-sol, e muitas nem na praia são!
Hoje de manhã, abro a janela da sala e vejo um sol quente e alaranjado surgindo em meio aos fios de eletricidade, galhos de árvores e a grade na minha janela.


Tentei fazer a máquina captar a lindeza do brilho do sol através das grades. Cheguei mais perto, fui mais para trás... Olhava o visor com a foto recém tirada, olhava pela janela, comparava e me decepcionava. Meu olho é tão melhor que a máquina para ver o mundo! Tudo bem que e a gente lê isso em todo o livro de fotografia que existe, mas perceber ao vivo é dose! Quem sabe com o tempo eu consigo chegar mais perto.


Fui para o jardim, tentar fazer a foto ficar mais parecida com o meu olhar. Não gosto mesmo desses fios pendurados no meio do azul do céu. Sinto saudade do tempo em que via por do sol em casa, sem fio, sem poste. Mas, voltando ao assunto ... cadê o azul do céu nas fotos que eu tirei? Sumiu no meio do amarelo quente do sol.



Aproximei e afastei a imagem, para ver como eu poderia fazer com que os fios parecessem parte da imagem e não um acessório indesejável. Ainda não consegui sentir o efeito dessa manobra, mas, deixo as fotos aqui, para um estudo futuro. Aliás, tem muita coisa para eu procurar nos livros hoje à tarde. Quem diria que um bom dia do sol para mim ia render tanto assunto?







segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O lance da perspectiva

Estive (re)lendo os capítulos iniciais do livro do Tom Ang (Fotografia Digital passo a passo - 2011) esses dias. Muita informação sobre composição, escolha de tema, se movimentar através do espaço para clicar ângulos diferentes da mesma cena, perspectiva, linhas.
Tudo estava se misturando no meu cérebro e formando um "big-bang" pronto a se expandir.
De repente, não mais que de repente, uma janela me atrai.
Estava sem máquina, mas o celular estava ali, como um parceiro difícil, mas disponível para o affair. Ainda não me sinto com a facilidade que a molecada hoje em dia tem de clicar uma foto num celular sem tremer aquele aparelho tão leve e tão desajeitado para segurar. Falta empunhadura, mas isso todo mundo sabe.
Pensei comigo, na hora: se tanta gente consegue, tentar até conseguir, mesmo que demore, não pode ser uma coisa tão terrível assim. A imagem está me chamando!

Voltando à janela: linhas e mais linhas, e coisas por trás dela.
Brinquei de ir e vir, de abaixar e levantar, de andar para a esquerda e para a direita.
Fiz muita foto ruim! Muitas mais do que meu ego leonino poderia suportar nos velhos tempos. Mas o yoga está me ensinando que tudo é impermanente, logo, minha inabilidade deve ser também.

Vamos ver a primeira aceitável: foi a melhor nesse ângulo. Mas, pensei haver olhado com cuidado o que via na tela do celular e, ao olhar a foto, descobri que as linhas do vidro haviam ficado tortas e que, nas laterais, pequenos itens extras acabaram por chamar mais atenção do que o contraste verde/branco que eu queria mostrar através do vidro.  Na segunda foto, as linhas estão bem horizontais, mas eu não percebi no visor que estava captando também parte de uma cadeira, que, realmente, está me incomodando muito. Podia  ter deixado a escora de madeira um pouco mais para a esquerda, levando a maquina um pouco mais para a direita.. A estética seria bem melhor. Ou, para tirar a cadeira do espaço, levar o celular  mais para a esquerda, deixando a escora no terço direito da foto.





As roupas balançando ao vento lá no fundo me chamaram a atenção. Dessa vez, queria mais vidro e apenas uma sugestão do que havia por trás dele. A primeira ficou torta, novamente. Percebi logo que vi a foto e tentei mais algumas vezes até que fiz essa última aí embaixo.





Tenho certeza que haveria mais mil modos de enxergar a cena (inclusive muitos que não pegariam a ponta da esquadria da janela à direita e que talvez não colocassem a coluna tão no meio e que mostrassem o gancho da rede inteiro ou o escondessem, e  que não cortariam a bermuda à direita, rsrsrs). Mas, depois dessa foto, achei que era hora de apreciar minha pequena evolução e relaxar. Foi bom.




sábado, 13 de dezembro de 2014

O início







                          Diz um de meus mestres: " As melhores fotografias nos fazem sentir e pensar" (Chris Orwig, em Poesia Visual - 2010).
                          Essa foto, embora não seja uma boa foto, produz esse efeito em mim. Vejo nela um caminho na vida dos meus dois "homenzinhos", aberto e cheio de oportunidades, com a benção e a proteção de um "homem" mais experiente. Para mim representa o meu desejo, tão vital e forte, de que todas as potencialidades que neles existem possam ser desenvolvidas, em meio ao amor e ao incentivo de nós todos, adultos que transitam à volta deles.
                         Mas, analisando bem a coisa, cortei o pé do Ton, o foco não está bom, as cores precisam ser trabalhadas. Não registrei o que meus olhos viam naquele momento. Não estava concentrada o suficiente.
                         Além disso, minha técnica e percepção não estavam (como não estão agora) apuradas o suficiente para que a imagem fosse captada de um modo que, além de evocar sentimentos em mim, o fizesse também nos demais que a vissem.

                         Esse é o segredo de uma boa foto. É a minha busca. Um dos caminhos que resolvi trilhar a partir de agora.

                         Sei que vou me divertir muito, lendo muita coisa (inclusive relendo coisas que já li sem a devida atenção), fazendo milhares de fotos (quando falo em fotos, a palavra "milhares" é tão familiar e acolhedora!), escrevendo (e, só por isso, assimilando melhor) meus tropeços e acertos, registrando como a minha qualidade como fotógrafa se alterou no tempo e no espaço.
                        Espero poder reler tudo isso, daqui a três anos, quando me aposentar, e descobrir que me tornei uma pessoa melhor, mais até do que uma fotógrafa mais completa.
                        Obrigada por me acompanhar no caminho!