Era aniversário de um dos netos, no clube.
Dia de festa para avó, é, com certeza, dia de correria.
Como sou a "fotógrafa" oficial da família ( formada de pessoas que rotineiramente sugerem, no meio de bate-papos, que eu não aproveito os eventos direito porque me preocupo em fotografar e não em me divertir .... mas sempre pedem fotos no dia seguinte, porque "não fotografei nadinha!"), ajudar as mães com a logística e não perder um momento bonito da festa deixam o cérebro meio desatento.
Confesso que gostei dela, embora tenha vários erros que os livros consideram imperdoáveis: cortei a copa da árvore, não foquei no meu gatinho lindo, não alinhei o final do caminho com os cantos inferiores da foto. Também errei na regulagem da maquina. O meu fofinho ficou muito escuro.
Muitas dessas coisas, um bom programa pode dar um "quase-jeito".
Mas, cada vez que vejo uma foto assim, me vem na cabeça a idéia de estudar mais, fotografar mais, prestar mais atenção ainda, mesmo no burburinho de uma festa infantil.
Não gosto de tratar fotos. É como passar roupa. Se faz quando é muito importante. Pelo menos comigo é assim. Roupa que amassa, só se for "aquela" roupa.
Imagina que delícia não deve ser tirar ótimas fotos, sem precisar dos photoshops da vida!
Tirou, olhou, gostou!
Mas, independente da qualidade da imagem, ela me chamou a atenção e aqueceu o coração.
Me passou a idéia de um pequeno ser, caminhando firme e feliz em direção ao seu futuro, protegido pela sombra da árvore (quem sabe representando todos nós, que estamos por perto, olhando por ele), num caminho que pode até ter suas curvas, mas leva direto para o amor (eu e minha máquina, no final da ultima pedra, onde ele ganhou um longo abraço e admirou a si mesmo na foto).
Não foi uma foto tão ruim assim ...
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