sábado, 27 de agosto de 2016

O "olho"






Recentemente o usuário 2manyToys, do Reddit, fez o upload de algumas imagens que mostram as diferenças entre as pessoas comuns e fotógrafos profissionais. 
Escolhi duas delas para exemplificar o assunto que mais tem me interessado nos estudos de fotografia: o olhar fotográfico.
Fã incondicional de Chris Orwig e seu "Poesia Visual", leio e releio o livro, como se quisesse absorver as idéias e os sentimentos que brotam dele. Algumas dessas idéias estão nessas fotos.
Olhando as fotos das pessoas não envolvidas com fotografia, os locais clicados não me pareceriam, nem de leve, locais que usaria como fundo para fotografar pessoas. 

São três fotos duplas. 

Cada dupla, no mesmo lugar.

Comparando as fotos de cada dupla, você percebe que chegar mais perto, mudar o ângulo e cuidar da luz produz belezas que você não imaginaria, a não ser que estivesse realmente "olhando" o que aparecia à sua frente.


Para quem tiver curiosidade, mais fotos no link:


http://amorpelafotografia.com/post/2504/o-mesmo-local-na-visao-de-pessoas-comuns-x-fotografos.html


E, como sempre, "olho vivo". A gente nunca sabe quando a foto dos sonhos pode estar à nossa fr
ente
!



quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Foi sem querer


Era aniversário de um dos netos, no clube.
Dia de festa para avó, é, com certeza, dia de correria.
Como sou a "fotógrafa" oficial da família ( formada de pessoas que rotineiramente sugerem, no meio de bate-papos, que eu não aproveito os eventos direito porque me preocupo em fotografar e não em me divertir .... mas sempre pedem fotos no dia seguinte, porque "não fotografei nadinha!"), ajudar as mães com a logística e não perder um momento bonito da festa deixam o cérebro meio desatento.

Essa foto foi tirada num repente. O aniversariante vinha por um caminho de pedra, com a quadra de basquete atrás. Uma árvore fazia sombra no caminho.
Confesso que gostei dela, embora tenha vários erros que os livros consideram imperdoáveis: cortei a copa da árvore, não foquei no meu gatinho lindo, não alinhei o final do caminho com os cantos inferiores da foto. Também errei na regulagem da maquina. O meu fofinho ficou muito escuro.
Muitas dessas coisas, um bom programa pode dar um "quase-jeito".
Mas, cada vez que vejo uma foto assim, me vem na cabeça a idéia de estudar mais, fotografar mais, prestar mais atenção ainda, mesmo no burburinho de uma festa infantil.
Não gosto de tratar fotos. É como passar roupa. Se faz quando é muito importante. Pelo menos comigo é assim. Roupa que amassa, só se for "aquela" roupa.
Imagina que delícia não deve ser tirar ótimas fotos, sem precisar dos photoshops da vida!
Tirou, olhou, gostou!
Mas, independente da qualidade da imagem, ela me chamou a atenção e aqueceu o coração.
Me passou a idéia de um pequeno ser, caminhando firme e feliz em direção ao seu futuro, protegido pela sombra da árvore (quem sabe representando todos nós, que estamos por perto, olhando por ele), num caminho que pode até ter suas curvas, mas leva direto para o amor (eu e minha máquina, no final da ultima pedra, onde ele ganhou um longo abraço e admirou a si mesmo na foto).
Não foi uma foto tão ruim assim ...